Christmas Carol

Parece impossível como nós não controlamos nada na nossa vida...
Ontem senti-me ainda mais pequena do que o habitual quando, na festa do 1º ciclo, percebi onde estava o ano passado e onde estou este ano.
Imaginem-se a trabalhar num sítio onde tudo é uma obrigação, onde há reuniões a cada virar de esquina - por duas razões: tudo e nada, onde há colegas que são, enfim, titulares e que dão erros ortográficos crassos :(; onde muitos alunos passam não por mérito mas por idade ou por sei lá...whatever; onde os resultados não aparecem, o ensino é mau, os profissionais são muitas vezes maus, os recursos são poucos e só há uma pessoa a mandar.
Agora, imaginem-se mum local de trabalho com todas as condições, com alunos que querem ter futuro, com recursos, com funções bem delegadas, com actividades bem feitas e bem definidas, com brilho, com publicações, com cantina, com princípios e valores, com vontade de ser mais, com Jesus (sim, aquele que faz anos para a semana) como modelo e tudo , e tudo e tudo e é aí mesmo, neste local com tudo e tudo e tudo que eu trabalho agora.
Como é que eu estou?
Acabamos esta semana a encenação e actuação de uma adaptação do "Christmas Carol" do Charles Dickens. Se foi bom? fantástico. Se me sinto bem? maravilhosamente. Se estou feliz? olhem bem para mim... :)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))

Abanei-o

Sem querer os filhos crescem.
Não pedem licença, não fazem um requerimento, não escrevem uma carta a frisar que querem crescer e que não há revogação possível que os impeça de o fazer. Nós, pais, limitamo-nos a vê-los e a acompanhá-los neste percurso de vida. Somos orientadores, educadores, companheiros, conselheiros mas e, acima de tudo, temos que ser aqueles amigos que nos sabem fazer sentir bem e abanar-nos quando algo está mal. A mim parece-me (num sussuro), que os pais têm cada vez mais medo de abanar os filhos. Eu não. Não tenho medinho nenhum.
Hoje abanei o meu.
Ouvimos tudo o que ele tinha para contar sobre o dia, rimo-nos juntos, analisamos o bem e o mal, construimos mais um niquinho pequenininho da sua personalidade ao explicar-lhe que o brinquedo que estava no chão não era para ele trazer, mas seria de algum menino que o iria procurar e ficaria triste quando não o encontrasse.
Chegados a casa, fomos jantar.
Contamos sílabas com palmas, rimos à gargalhada e dei por mim a abanar o filho.
A abana-lo com beijos, beijos e mais beijos. Cobri-lhe a carinha, a cabeça, o cabelo. Sentir o cheiro do nosso filho...inimitável em qualquer perfumaria.

Hoje abanei o meu filho.
Com beijos.
Só para que conste.

E fiquei consoladinha. À Porto!

Aprendo tanta coisa com os meus alunos! Cada vez me surpreendo mais com isto e tenho mais a certeza de que um professor, para ensinar, tem que aprender dos seus alunos. E há tanto para aprender... Cada um é irrepetível, inviolável, único na sua dignidade, pessoa, um conjunto de histórias de amor, de encontros e desencontros. São tesouros ambulantes pelo que transportam em si: a esperança, o futuro, a juventude, o querer mudar o mundo...

Se eles soubessem o que já mudaram...

Pais

A chuva começou a cair ontem e tem dado uns ares da sua graça durante o dia de hoje. Sinto-me bem a imaginar os cobertores quentinhos, as pantufas, os pijamas cardados, a ouvir o vento, a chuva a bater nas persianas e não percebo, mas é que não entendo mesmo a malta que não gosta deste tempo! Sei até que posso parecer um pouco surumbática e triste com isto mas eu amo o frio, a chuva, o outono e o inverno.
Os meus pais e a minha irmã estiveram cá este fim-de-semana e que bom que foi... O colo da mãe, os mimos da irmã, a voz do pai :) Ficou a saudade. Fica sempre.
A minha mãe trouxe marmelada...recordo o fogão a lenha da minha bó Bina, as torradas com o sabor inconfundível, as bolas de Berlim do bô Maia e da Bó Zé. Lembro o bom que era ouvir a minha mãe a chegar e voltar a casa.
É sempre bom voltar a casa.
À casa primordial...

Até logo, Patrick...

Partiu um dos maiores bailarinos dos anos 80. Pelo menos um daqueles que mais nos fez sonhar: Patrick Swayze.

O mundo da dança e do cinema ficou mais pobre e, subitamente, senti-me mais velha do que o que já sou.

Mas não faz mal. Os anos 80 valeram a pena! E de que maneira. Vão ao you tube e vejam : "First Time" da Robin Beck e o "The time of my life" do Dirty Dancing ... it`s worth it!

Boa viagem, Patrick ...

Estranho mundo novo.

Tudo é novo.
Os horários, os percursos, o estacionamento, os alunos, as temáticas, os tempos de aulas, o edifício, as amizades, os colegas, as dúvidas, as certezas, as incertezas, os momentos, os sonhos, os projectos...
Muitas novidades mas muito pouca coisa que não gosto: acordar às 6.30 a.m.; deitar cedo; não poder ver o "House" na Fox; estar a pisar ovos daqueles muito frágeis e muito fraquinhos. Não saber onde me movo, com quem me movo e como me mover.
Tenho tempo para mim, para o Afonso, para nós, para preparar aulas, para respirar, para reflectir, para pensar, para rezar, para falar. Conseguimos tomar o pequeno almoço e o jantar juntos, em família e isto não tem preço.
Mas é que não tem mesmo.
Priceless.

O caminho faz-se caminhando...

Eu e o Afonso estamos a caminho de etapas diferentes nas nossas vidas.

Ele a entrar num 1º ciclo que pode ser intimidador. Eu numa nova fase profissional.

As nossas expectativas são altas e estamos ambos expectantes.

Curioso como uma criança de seis anos e um adulto de 35 podem fazer experiências diferentes mas convergentes.

Vamos caminhar nos mesmos corredores, conhecer as mesmas pessoas, crescer em simultâneo, ultrapassar diferentes obstáculos que nos tornarão pessoas diferentes daquelas que somos hoje. Há lá alguma coisa melhor do que ver os nossos filhos crescer?

Algumas das minhas aulas darão para o páteo onde o meu filho brincará. Serei eu que o verei almoçar todos os dias, que verei nos seus olhos a alegria de estudar com o melhor amigo, que tratarei a professora dele por tu, que estarei presente se ele se magoar.

Quando ele jogar à bola até à exaustão, quando a chuva lhe entrar pelos pés, quando o frio lhe gelar as bochechas de tanto correr no inverno, quando receber o 1º Muito Bom ou o 1º Mau e, no final do dia estiver exausto, encontrar-me-á sempre no andar de cima, à espera de o ouvir dizer: " Mamã, vamos embora, estou cansado."

Abrirei os meus braços como sempre fiz e, se necessário, segurarei a sua cabeçinha ou dar-lhe-ei o meu colo.

Tudo o que faço, o que fiz na última semana, é por ele.

Por ele tudo vale a pena. Tudo.

E estamos a caminho...

Crossroad

É assim mesmo.

Quando pensamos que tudo já está paradinho e não vai haver novidades de maior, eis que Deus se mostra de formas absolutamente extraordinárias.

E eu nem percebo muito bem o porquê de ser comigo.

É verdade que eu nunca tenho dúvidas que Ele está presente, que acredito sempre que Ele está, que confio sempre na providência divina e que me acho pequena demais para poder ser alvo da atenção do Altissímo. Mas, apesar de todas estas evidências e da minha infinita pequenez neste universo incompreensível, Deus fala comigo como ...sei lá, como...não sei. A sério que não sei adjectivar.

É tão presente, tão orientador e tão inesperado, curiosamente, tão rápido que me deixa atónita. E acreditem, eu estou atónita. Verdadeiramente espantada.

Confio nEle desarmadamente, sem rede de segurança.

Entre ontem e hoje Deus disse-me assim: "Estou aqui. Amo-te. Sei do que precisas. Acompanho-te sempre. Seguro-te ao colo. Não te preocupes com o tio. A bó e o bô estão à espera dele. Ele é meu filho também. Sossega. Confiaste. Eu sei."

Ouvi e estou a assistir a tudo como personagem.

Para culminar enviou-me um ramo de flores.

Na mão do homem a quem dei um beijo pela primeira vez há exactamente vinte anos.

UP!

No espaço de 28 horas fui 2 x, sim, 2 x ao cinema ver, ainda por cima, o mesmo filme! Caro? não! Um verdadeiro insulto!

Mas ontem estava a precisar de ver o "UP!" outra vez (agora em 3D) e recordar aquelas coisinhas pequeninas e rapidinhas que nos fazem felizes.

Mas assim, tipo, MEEEEEEEESMO felizes: o amor. Abraços sem fim, grandes braços, dizer que amo, dar e receber beijinhos afonsinos e melequentos, sorrir e rir sem parar, chorar a rir, o quentinho no inverno, uma chávena de chá na nossa casinha...

O "Carl Frederikson" enchia e vendia balões.

Mas tinha "a nossa casinha".

Eu também tenho a "nossa casinha".

Porque amo.

Jura? Juro.

(Com lágrimas nos olhos)

Do coração...

A grande viagem :)

Deus é fantástico!

Não, não me aconteceu nada de extraordinário mas apeteceu-me dizer que Deus é fantástico. Falo dEle, penso nEle, rezo para e com Ele, com O filho (com o dEle e com o meu - nosso), com a mãe e só me apetece dizer assim, que Ele é fantástico.

Mesmo que nunca tenhamos saido da nossa aldeia, do bairro ou casinha onde nascemos, da modesta vidinha de português de brandos costumes ou, pelo contrário, sejamos daqueles cidadãos que já deram a volta ao mundo, vamos todos fazer uma viagem extraordinária com Tudo Incluído e que nos levará para um paraíso que ninguém sabe muito bem como é mas que eu espero que se assemelhe ao que vi nas Maldivas - Pedir não custa, sonhar muito menos e aqui estou eu a enfabular...

Deus é fantástico e eu vou trilhando o meu caminho em direcção a Ele. Umas vezes menos outras vezes mais apaixonada (porque isto de estar apaixonada nem sempre é fácil na Terra quanto mais em relação ao céu), tenho uns repentes em que só me apetece dar-lhe beijinhos e outras alturas em que Ele parece que está muito longe.

Marido, é oficial: há outro gajo que eu acho que é fantástico e que me enche as medidas!

Deus.

Remontar a uma quinta-feira :)

Num dia de semana como o de hoje fomos recebidos no "Duniye Over the Water SPA" sito na ilha "Meerufenfushi".

Calor abrasador.
Caminhada pela água (que pouco ou nada refresca) a ver os tubarões, os cardumes e a tentar não pisar as belas raias que se passeavam e encostavam à areia a usufruir do sol escaldante.

Chegados ao passadiço do edifício em cima da água quase que ficamos extasiados a observar a paisagem.

O silêncio foi total.

Até o Afonso ficou sem palavras...

A partir daqui é difícil descrever.

Recebidos (todos) de uma forma doce e suave, mimados com toalhas frescas e limonada gelada, brindados com a brisa suave de um edifício sem paredes e sem janelas, rodeados de flores a boiar em belos e altos recipientes de vidro, mulheres bonitas, hóspedes sorridentes, frases e pensamentos para interiorizar, cores inspiradoras...as massagens de boas-vindas e de pedras quentes ("Hot Stones Massage") foram o corolário de uma manhã que iniciou cedo e se prolongou até à hora de almoço.

Ficamos honesta e verdadeiramente encantados e, pela parte que me toca, tive um dos momentos mais libertadores e profundos da minha vida. Viajei até sentimentos que remontaram à minha infância e que são indescritíveis. Senti-me pequenina, quase bebé. Surgiram imagens de idades das quais, habitualmente, não temos memórias.

E deixei-me levar. Sem medo.

Mesmo.

O primeiro dia no Meeru Island Resort - Maldivas

Quarta-feira.

Recordo o primeiro dia efectivo nas Maldivas.

Fomos para as Beach Villas, demos a volta à ilha, mergulhamos no Índico e na piscina, olhamos ininterruptamente as maravilhas que nos rodeavam, descobrimos os caminhos até ao "Farivalhu" (que trocadilhos este restaurante dava em Portugal :) ), fomos até ao SPA e rendemo-nos às evidências.

As máquinas fotográficas e as câmaras de vídeo não pararam: paisagens, areia, coral, tubarões, "Gils", nós, sorrisos, bem-estar, férias, palmeiras, barco, lua de mel.

Hoje, no Pendão, parece, cada vez mais que vivi um sonho.

Maravilhoso!

PS: Esta foi uma das fotos tiradas...parece impossível...

26.000 Kms!

A minha mãe ficou muito surpreendida quando se apercebeu que o meu carro, que ainda não tem 1 ano, já passou dos 26.000 Kms!

Não sei muito bem se ela teve pena de mim ou de o carrito já estar muito gastadinho... A sua contribuição para a aquisição da máquina pode afligir o seu coraçãozinho já intervencionado cirurgicamente.

Eu nem gosto particularmente de conduzir. Mal empregadas horas passadas ao volante. Sem filas, porque para essas não há paciência. Mas muitas horinhas. Pior, pior é que foram, assim tipo 98% todas para me levar e trazer do trabalho...

Não sei se estão bem a ver mas 26.000 Kms davam para dar a volta à Europa todinha e voltar. País de Karl Marx incluído!

De volta a casa

Mais 60 Kms para ir trabalhar e voltar ao ninho.
Visualizei e senti a brisa das Maldivas por fracções de segundos...as janelas da frente do carro estavam abertas e correu o vento na minha nuca.
Semi-cerrei os olhos...
Sorri ligeiramente enquanto alguns automóveis passavam :) Se eles sonhassem o que eu vi!
Esqueci o trabalho e a EMRC que só hoje começaram.
Afinal, o que eu aprendi no "Duniye Over the Water SPA" vai ser mesmo o meu lema:

"In the end what matters most is
How well did you live
How well did you love
How well did you learn to let go"

...e a minha revisão do "Meeru Island Resort " no Tripadvisor.com : http://www.tripadvisor.com/ShowUserReviews-g298332-d316973-r37695177-Meeru_Island_Resort-North_Male_Atoll.html

Trabalho

Estou mesmo farta que a minha disciplina seja sempre posta no fim de tudo.

A EMRC deveria valer por si mesma e não estar dependente da actuação ou boa vontade dos intervenientes na Comunidade escolar.
Não é que eu não goste do que faço.
Não gosto é que me tratem como se fosse profissional, e não professora, e, ainda por cima de segunda.
ESTOU FARTA!

Cegonha

A Mafaldinha já nasceu! Dia 7 de Julho. Foi a recém-nascida mais bonita que já vi! Juro!

A Nanda vai ter uma Matilde e ainda não consegui por aqui a foto da Lena com a Carolina. Mas lá chegaremos...

Na Galopim a produção não pára... e não falo de papéis, burocracia, trabalho e alunos.

" I nou no nai min?"

"Naniuai"

Segredo :!

Já chegamos...mas mais não posso contar.

Afinal o paraíso existe.

Caro.

Mas existe.

E na Terra.

Neste planeta azul que se devia chamar água.

Curiosidade.

O meu Miguel a chegar a "voçês sabem onde":

-" É como se Deus, quando esteve a criar o Mundo tivesse espirrado e criado isto tudo..."

E ele até nem acredita.

Assim, muito, muito.

Próxima Viagem

As viagens são parte integrante da nossa vida. Seja em sonhos, seja na realidade, viajar está na alma de se ser português. Não nos podemos alhear dos fabulosos Descobrimentos feitos por homens nobres e por aqueles dos quais a história não narra ( a propósito, ouçam o CD de Rui Veloso "Auto da Pimenta").
Quanto a nós, partiremos numa autêntica Odisseia de 18 horas só de avião :( e eu que tanto detesto! Mas não deixo de ir! E desta vez é para o paraíso. Deixarei aqui crónicas da viagem...prometo.

Pendant

Apareces-te na estrada da minha vida.Fazes-me feliz e rir como poucas pessoas. Entre nós nunca haverá adeus mas sempre até já. Estou toda amassadinha dos teus miminhos mas queria assim, ter-te sempre ao pé de mim. Já tenho saudades das tuas gargalhadas, dos teus chiliques e dos nossos almoços. A minha Pendant...Vais ser sempre a minha Pendant!

Rodeada de grávidas :)

Cristo nos ajude mas a Galopim tá carregadinha de grávidas. Umas muito, outras a caminho e outras a tentar. Isto tá bonito...Vou fugir da nossa mesa que ainda me calha a mim! Chiça! É tão bom tar grávida mas loooooooooooooooooooonge!!!!!!!!!!!!!!! A Xana Oliveira tá

linda...Aqui tá a prova! A Mafaldinha já dá pontapés e o Peneda tá q n pode de tanto orgulho. P a próxima ponho a Leninha e a Carolina - PROMETO!

Conselhos e dicas para viajantes.

Pois, lindos, o site http://www.tripadvisor.com/ tem todos os hóteis possíveis e imaginários que vos possa passar pela cabeça, opinião de pessoas q lá estiveram dos 4 cantos do planeta que atribuem níveis (de 1-mau a 5-Excelente), fotos dos travellers e pequenos filmes feitos por eles. É mesmo muito bom. Acreditem!

Mergulho...ao fim de 8 meses :)

E foi ontem.

8 meses passados de um mergulho absolutamente extraordinário nas caraíbas, onde a água rondava os 30 graus, as tartarugas nos vieram cumprimentar e a visibilidade é inacreditável, voltamos a mergulhar em Terras de Santa Maria.

A água a 13 graus (Brrrrrrrrrrr!), muita fola e fraca visibilidade mas é mergulho, água, sol e a paisagem das berlengas de fundo...

There`s no place like home...

Agora já estou em casa. É sempre bom voltar a casa. Marracuene. Nome vindo de Moçambique onde estive em 1991.
Já dei muita voltinha, graças a Deus!
Prometo ir contando aos bocadinhos...
Partilhem as vossas e dêem-me conselhos. Hoje vou viajar até ao vale dos lençois.
O gordinho está com febre. Com temperaturas atmosféricas de 27 graus de dia e 10 há noite...Não admira. As crianças têm febre por duas razões: por tudo e por nada!

A próxima viagem é...

Ásia...os seus encantos:) Águas e ilhas paradisíacas. Maldivas... Será verdade???

Mas aqui fica um cheirinho da última, em Janeiro. Gargalhadas sem parar!